Pousa na flor a linda abelha incauta...
Fascinada com o pólem, ali demora...
Mas, do fundo da flor, rápida salta
Uma aranha astuciosa e a devora.
Assim é a mulher que ingênua, igual criança,
Se entrega ao pólem das palavras lindas,
E o aracnídeo, com suas infindas
Promessas vãs, devora-lhe a esperança.
E ela então, num caminhar incerto,
Sofre perdida em meio de um deserto,
Porque o amor se foi e a dor ficou.
Mas quem a desprezou, em algum momento
Vai consumir-se em arrependimento,
Por ter fingindo amar... quem tanto o amou.
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