sábado, 26 de abril de 2008

PERDIDO

Perco-me nas brumas,
entre fogo e ferro
gelo e neves,
encontro-me comigo
no desconhecido
a fugir das iluões,
sorrio, perdido,
tal um mentecapto
sem camisa,
calça rasgada
a expor as vergonhas!
Pára no eixo,
a elipse divide
o meu hemisfério
do lado de lá
sigo para os éteres
triste e vazio,
cá, meus poemas angustiados...
Sinto frio e calor,
sumiu o cefálico
congelado, nos desertos,
entre o céu e a terra,
falha a reflexão,
mente derrotada
piso firme no chão!
não encontro nada...
frustração! só frustação!

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