terça-feira, 29 de abril de 2008

Acordes

Acordes, em sons que nos atingem o peito,

calcando emoções que dormitam hibernadas,

quebram o gelo, que se derrete pelos olhos

numa explosão incolor que ensopa a face.

Dos paralelos fios, em curvas descendentes,

ágeis e finos dedos, num vai e vem calculado,

retiram das cordas o belo que lhes é possível...

O rubro que colore os emocionados rostos,

os que compartilham da quebra do silêncio,

tinge, alhures, o espaço antes pálido e seco,

envolvendo-o num abraço curvo e intenso!

Acordes se espalham por todo o entorno,

com envolventes e ternos ecos furta-cores.

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