Quando a cortina da minha vida se fecha
e os aplusos não se fazem ouvir
eu fico pensando em voce, em mim...
Pensando aonde errei,
se eu não interpretei bem o meu papel,
se fui apenas coadjuvante da vida.
Olho para a ribalta iluminada
e meu coração se entristece.
Mas o espetáculo não pode parar,
faço a maquiagem,me visto
com paetes e lantejoulas,
entro em cena, e sorrio com os lábios
enquanto o coração sangra,desconsolado.
O pensamento intermitente
me acusa, me mostra as falhas
os erros que cometi no passado.
Sei que hoje padeço por ter sido
intolerante, teimosa,
por não ter sido companheira
por ter sido tão altruista.
Mas o pano desce,
o show da vida começa,e eu
como todo palhaço o faço sorrir
faço mágicas com minha tristeza
danço espetacularmente as musicas
que escrevi no decorrer da vida.
Faço malabarismos, me entrego
me deixo levar pelas luzes,pelo brilho,
apago de mim as recordações
e como estatua, fria sem vida
recebo os efusivos cumprimentos
pelo desempenho do papel
pelo texto bem representado,decorado.
Mas dentro de mim, alma despedaçada
choro o pranto dos vencidos,
choro o fracasso do nosso amor...
choro por não ter sabido lutar ,
por não ter tido forças para investir
contra as sombras,contra os fantasmas
negros, que levavam voce para longe de mim...
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