terça-feira, 29 de abril de 2008

Eu, mar

O vento sopra sobre a água do mar,

o espelho é vida que revira em ondas,

como quem esquece a vida rolando,

até herdar um pequeno corpo nu,

como quem caminha sozinho pela areia.





De frente ao mar não existe tristeza,

o instante vai e vem como pensamento,

as promessas se cumprem ou afogam

em um movimento único de força,

quando partir não dê as costas a alegria.





Não tenho o controle das ondas,

como nada sei do mundo que gira

à volta do meu sentimento,

sou como espuma que das ondas vem,

também como água que na praia morre.





O mar não pára, nem a noite, nem o amor,

o solitário movimento me faz sonhar,

como se fossem camas de areias brancas

e eu seu amante tão sonhado sol,

você minha, como a tão amada lua.

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