Fico aqui pensando,
na frente do computador,
ansioso aguardando:
ver uma carta de amor
O tempo vai passando
e aumentando minha dor
a carne vai se secando
vai sumindo meu vigor
hoje feito esqueleto
a carne já consumida
o vazio dentro do peito
a esperança exaurida
Mas já vi, não tem jeito,
na magreza assumida,
quase em pó desfeito,
pela carta não parida
Se a carne se desfez,
secando até as feridas
é o esqueleto que vez
o que restou-me da vida
Escrevo mais uma vez
revelando minha dor:
Por que você não me fez,
uma simples jura de amor?
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