quarta-feira, 30 de abril de 2008

margaridas na janela

Sou o sereno que brilha em tua fronte,
quando nas noites frias tu me abrigas,
em teus braços que mais parecem um monte
que recebe meu corpo, livre das cruéis urtigas.



Minh`alma de ti cativa só se alegra,
quando chegas com teu largo sorriso.
Olho para dentro de mim; um receio que medra,
talvez a sentida despedida após teres me dado o paraíso


Me presenteastes as mais lindas flores que sonhei,
em tantas madrugadas de carinhoso afago,
foram tantas e tão perfumadas que me acostumei,
a buscá-las no céu estrelado do teu imago. *


Banharei os teus pés, para livrar-te do cansaço
da tua lida diária, em perfumadas águas de rosas,
olhando-te nos olhos, sonhando com o teu regaço,
pouso seguro para o meu coração em polvorosa.


Beijo as tuas mãos, tal qual imaginastes,
neste amante solo que enfim enseja,
os sonhares que sempre desejastes,
em fazer de mim a tua adorada princesa.


Da solidão que tanto te preocupa,
prisioneiro da saudade passageira,
tens em mim um calmo querer que ocupa
o teu coração.Sou da tua alma companheira.


Do jardim das ilusões sou a singela margarida,
sustentada pela haste que é o teu carinho.
No mal me quer, bem me quer a preferida
do teu universo, tu que és da poesia doce escaninho.


Serei gotas de orvalho da noite, mesmo que não queiras;
nas longas madrugadas à beira do rio que serpenteia,
entre as tantas quimeras causadoras de cegueiras.
Mas nossos olhos serão o espelho que nos clareia.

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