segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Solidão pra depois

Às vezes a esperança fecha a janela
quando recebemos um não com força,
um carinho sem identificação,
o adeus fica mais próximo d'outra boca.


Os fogos de artifícios não explodem,
o corpo esfria pelo pedido negado,
perdemos o caminho, os desejos, os pés,
volta-se ser apenas um desgarrado.


Não quero uma presença ausente,
o amor precisa morder os lábios,
tocar cada pedaço do outro,
como o dia-criança que cresce aos carinhos.


Quando é noite o gelo esfria a espinha,
o coração espreme cada lágrima,
imediatamente descobrimos a falta do outro,
o não do amor mostra a solidão pra depois.

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