sábado, 25 de setembro de 2010

Estranhos sonhos

Na noite tenho estranhos sonhos,
penso ser o dia, a lua, o sol,
sou o grito,
a água da ilha que a circunda,
o grosseiro que te ama de longe.



Feche os olhos, assim como os meus,
vamos, entre no meu mundo louco,
quero ir a passos lentos,
sentindo o ar, a luz,
o sol batendo em nossos rostos,
deixe na lembrança um pequeno sorriso,
morreria agora por você ou nunca mais...



Quero flores ao redor da nossa cama,
muitas, rosas de todas as cores
e um pouco de perfume no ar,
não um qualquer, quero o seu,
também um pouco de luz,
o bastante para ver parte de sua nudez,
quero lençóis de todas as cores
para manchar de prazer.



Preciso me marcar de momentos,
colocar branco no escuro da solidão,
quero o seu riso
e os sabores de seu corpo,
não conheço o vermelho,
nenhuma cor que mostra amor,
minhas mãos sabem tocar suave,
sinto que seu corpo me quer.



Sempre estive à beira de muitos caminhos,
''talvez'' foi sempre minha máxima,
as paixões passaram rápidas
como espuma de champagne,
minhas primaveras não tinham cheiros,
só um verde-escuro sem graça,
esperava mais, sempre aqui,
hoje sei a cor da rosa, todas elas,
conheço os sons do amor,
não aqueles gritos desesperados,
ouço agora um canto suave.



Deixei minha luta e regresso,
os olhos já não estão cansados,
às vezes posso te ver entre frestas
da minha loucura,
a terra, o ar, tudo é o mesmo,
apenas o riso é meu,
quando me chamar não olhe o céu,
abri meu corpo, me entreguei,
nas portas da vida me dei vida.

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