Deixo o vento soprar meu rosto
para que limpe meu riso fraco,
enquanto volto dias e anos
lembrando sonhos d'outras vidas.
Não lembro se sou forte,
somente vou na mesma direção
do tempo que corre ao lado,
fazendo-me sonhador do impossível.
Ouço gritos a minha volta,
são almas que não reconheço,
após a linha da vida fico em silêncio
e nada mais vai me contradizer.
Em algum lugar do passado
existe uma janela aberta para um céu,
tem sonho feliz, sem freios, sem não-s
do lado de dentro da minh'alma.
Enquanto caminho sobre o vento do ontem,
o que não se realizou deixo perder,
fazendo buracos nos sonhos os descarto
um dia em um lugar qualquer do passado.
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