segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Jamais saberás!

O broto que acorda a primavera,

Sorrir em mim os mais íntimos alvores.

Fruir na relva límpida quimera,

Vida e amor, como se fossem flores!





Ao me veres tão alva, transfigurada

Como a pétala de um jasmim com dor

Ser o sonho no teu - a eterna amada -

Renunciar num murmurar padecedor.





Viver no grito do último suspiro

O acorde pulmonar que em ti respiro

Entregue à morte, à vida declinar...







No medo de um silêncio frio, intruso

Em que te apraze o lugar de meu verdugo

Ser o morrer de não poder te amar.

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