domingo, 22 de novembro de 2009

Ainda não é noite

Ainda não é noite e não estarei contigo,
quando acordo não é amanhã,
apenas há minutos que não te vejo.


Corro minhas pernas longas como a tarde,
dou de ombros pro sol, quero a lua,
como se na noite os dedos tocassem teu rosto.


Lastimo a tarde chegar tão quase noite,
olho meu relógio do tempo e não a vejo,
sinto que estás aqui, como estou nos teus dias.


Quero as mãos tocando, a boca sentindo o sabor,
como ladra, quero tê-la invadindo meu templo,
santuário de um amor capaz de sonhos e verdades.


Ainda é paixão e não estarei contigo,
o ausente presente faz doer um tanto mais,
quero surpresa, simples, esteja pronta para sentir.


Dizer-lhe o quê? Que tempo temos?
Uma noite entre mil, duas estrelas entre mil,
ainda assim nos perdemos dentro d'outro.

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