Começa a chama tênue e cresce lentamente,
Se alastra na folhagem e louca, crepitante
Aumenta e a Fauna vai sem rumo e ofegante,
Sentindo a morte vir inesperadamente.
Nada pode deter o monstro incandescente,
Que prossegue implacável, indômito, alarmante,
Deixando apenas cinzas num tapete ardente,
Onde outrora se erguia a mata deslumbrante.
Tem-se a clara impressão que a Natureza chora,
Por sua rara fauna e exuberante flora,
Pelas fontes que secam, pelo ar que some...
Tudo porque em nossa sórdida incoerência,
Não vemos que, devido a nossa inconsequência,
Vamos morrer de sede, de calor, de fome.
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