segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vácuo

Guardei meus pedaços,
estou inerte no meu espaço vazio,
um pouco homem, um pouco nada,
o guerreiro sustou a guerra,
estou indo aos ventos,
parado entre o sol e a noite.


Não sei mais o caminho,
espero quieto decisões que não sei,
sem força, sem palavras,
somente alguma esperança,
nenhum alento, nenhum poeta.


Não falarei de amor por um tempo,
Não acredito que sou alguém.
pelo menos que mereça gritar,
parou-me a boca os pedidos,
os beijos, os desejos, guardei-os todos,
por dentro, morri um pouco!


Estou preso a um vácuo frio
entre o amor e a caridade,
a vida acontecendo ao redor,
não compreendem minhas escolhas,
sou do ontem o mesmo homem,
sou do hoje, o mesmo amante, esperando,
parado em um espaço qualquer.

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