sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mãe Terra

O homem a cada minuto é matricida
Lentamente extermina a fonte da vida
Amputa-lhe a cabeleira despenteada e verde
De onde exala o perfume da clorofila
E que com o oxigenio floresce o viver
Desobediente como um filho insano
Surdo não lhe ouve cada reclamo
Abafado pelo ruido ensurdecedor da motoserra
Desvirginando a densa e molhada selva
Arrasta seus, caules cadaveres acorrentados
Em busca e troca da e pela moeda vil
Olhos vendados pela ganancia estupida
Não ve e nem enxerga que um deserto virá
Substituir a vegetação do respirar
Pelo arido, desértico e exterminador ar
Onde não há vez e nem lugar
Para um fio de correnteza ou lagoa ao luar
Talvez assim e até por isso, podemos imaginar
Que hoje o homem viaje a marte e vá a lua
Ou a outro lugar, loucamente a procurar
Tentando encontrar novo espaço para morar
Pois instintivamente desde já, pode deduzir
Como os elefantes que sabem onde água encontar
Que na mãe terra não será possivel subsistir
Com a garganta rouca de louco socorro a pedir
E nem conta gota de água em dose para engolir

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