quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A cor por direito

Eu não sei de qual barro te saíram:
Se do fogo de chão acobreado,
Ou ébanos do céu alto tingiram
O africano das terras, colorado?


A natureza baila sobre trilhos,
E em cada novo ato faz canção.
Trazida longe, em grandes malas, filhos,
À paisagem ainda em construção.


O sol te honrou na cor da hora exangue,
Qual ferro dos grilhões deu grosso ao sangue.
Por que o amor é um campo abandonado?


Ao levantar dos séculos perdidos,
Os direitos do homem erigidos,
Diante de si mesmo, envergonhado!

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