domingo, 22 de novembro de 2009

Hoje

Hoje não tenho nenhum talvez,
não aceito mais promessas
estou a caminho d'outra vida,
uma que só depende de mim.


Hoje deixo livre meus sentimentos,
começo abrindo a camisa, a porta do tempo,
quero fogo queimando pecados velhos,
até que meu corpo passe, não o amor.


Hoje me considero livre, solto, absoluto,
quero consumir a paixão que sinto.
repartir parte da vida com quem amo,
até outro dia, não hoje, quero ser apenas eu.


Hoje quero amanhecer a qualquer hora,
alimentar-me de realidade,
descobrir que é bom sonhar, melhor, viver,
até que meu último segundo chegue, vou amar.


Hoje amo a tal liberdade, não sei quanto tenho,
talvez tenha tamanho, peso, tempo certo,
então corro contra o vento deste tal tempo,
até que puder levarei a vida, íntimo, suave, homem.


Hoje não tenho rotinas, não tenho relógio,
dei um basta, apaguei os vermelhos dos sinaleiros,
soprei as palavras com mais de seis silabas,
uma vez mais, pela oportunidade de ser medíocre.


Hoje não quero um grande dia, apenas um hoje,
ontem é impossível recuperar, o amanhã?
Não, não quero saber de nada depois, nem os sonhos,
deixarei talvez escapar um ou outro desejo, pra depois.


Hoje quero abrir as janelas de todo o amor,
serei puro ou não, verdadeiro sempre,
nos olhos, mostrarei sem medo a paixão,
quero meu hoje festa, amor e minha liberdade, vida.

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