sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Senhor de ti

Sou senhor de mim,
bebida da minha sede,
dia do meu sonho,
noite da minha insônia,
homem, vício e amante.


Sopro o vento que chega,
salvo o bom sol,
a paz, espera,
enquanto falo, falo dela
e nada mostra emoção.


Enterrei segredos no quintal,
fiz laços
amarrei em arvores secas,
e silenciei.


Longe do mundo
meus dias são tristes,
ela é meu mundo,
universo distante,
tão presente, tão parceira.


Brindo com meu sangue,
como se dono da madrugada,
grito aos fantasmas
e volto aos reencontros,
de corpo e de alma.


Beba na minha taça,
do vinho,
da esperança,
e mais um cálice de mim,
outro, da saudade dela.


Amante, lembra o amor,
dos lábios,
do sim, dos encontros,
deixa apenas um beijo
e minha boca volta a sorrir.


Não direi palavras tristes,
a saudade não dá razão,
sou absoluto, ansioso e amante,
com dores na alma,
desejos de corpo e prazer a espera.


Sou mais ou menos louco,
enlouquecido por ela,
tocado, trocado de alma,
com o mel que escorre do sexo,
gota a gota o gozo de prazer.


Sou senhor de mim, é falso,
minha bebida é seu desejo,
vertendo tesão entre poros
e excitando-me um tanto a mais,
mais apaixonado de amor.

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