terça-feira, 24 de novembro de 2009

Alma flutuante

Flutua minha alma como em um sonho,
vez ou outra caio em um silêncio mortal
até que algum dos deuses me toca o rosto.


Escrevo palavras bem antes do céu,
depois das nuvens que suportam os pecados,
deveria chorar mais vezes, viajar, sempre.


Tenho saudade de um amor que não veio,
aqueles olhares que fazem o suor aparecer,
as palmas das mãos frias antes d'outras carinhosas.


Deixo aqui uma lágrima em protesto a guerra,
materiais próprios dos poetas e loucos,
assim como a solidão no meio do céu.


Poderiam um dia ler dos meus amores,
está escrito com qualquer tinta, não sei onde,
entenderão-se os motivos dos meus sonhos, não sei.


Volto a flutuar, como noite passada fui a algum lugar,
no rosto ficou o frio do vento dos espaços vazios,
no coração pulsa a coragem do meu próprio amor.

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