Proíba-me o tempo, a chuva,
o dia de amanhecer,
as nuvens de correr o céu.
Proíba-me de sorrir,
de ter olhos verdes,
de sentir medo das partidas.
Proíba-me a realidade,
um sentimento qualquer,
culpe-me de sonhar a noite.
Proíba-me de caminhar,
se sentir necessidade de me encontrar,
de viver um amor qualquer.
Proíba-me de ser feliz,
mesmo que não saiba a definição,
de fingir, até um dia aprender.
Proíba-me de ser gentil com outrem,
de gostar e de fazer carinho,
de comer quando der vontade.
Proíba-me de crer em meu deus,
de querer um destino mais a frente,
de poder ter esperanças pro amanhã.
Proíba-me de alegrar com o sol,
de mostrar os dentes quando sorrio,
de querer beijar outra boca que me queira.
Proíba-me de pensar que estou vivo,
de saber que amo e não sou amado,
de escrever uma história pra depois apagar.
Proíba-me a morte,
que algum céu me receba com amor,
o mesmo amor que jogou fora por descaso.
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