quinta-feira, 2 de abril de 2009

LÁGRIMA

Lágrima, por que não te aquietas no teu lugar?

Por que te alvoroças quando o coração quer amar?

Não és mais que pureza de meus sentimentos!

Não és mais que a taça dos meus lamentos.



Aquieta-te e dorme teu sono!...

Deixa-me assim no abandono,

assim quero estar...

Assim vestindo alegrias,

assim vou amar.



Alvoroça-te na minha felicidade!

Inunda de pureza minha face!

Esta é minha noite de amor...

Em meu coração

o tão sonhado enlace.



Alvoroça-te! Cobre-me o rosto de alegrias!

Assim como fazias em minhas tristezas e nostalgias...



Anda, apressa-te! Umedece meus olhos!

Bem sei que nos caminhos do amor,

não se colhe somente flores e abrolhos,

mas também espinhos.



Ah lágrima, como és sentida!

Como te fazes tão querida!...

Quem ama não se aparta de ti,

por que és o enxaguar do amor,

o orvalho da dor...

És saudade, felicidade também,

dos que amam, o mais querido bem.

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