quarta-feira, 15 de abril de 2009

Cigana...

Cigana... Chegou tua hora tão temida ...
Pressagiada, curtida em doridas lágrimas...
No medo, foi o sonho alimentado pela dor,
O destino traiçoeiro... Foi-te mortal arma!

É preciso seguir o curso dessa vida cigana...
Conhecer os mil recantos desse mundo.
Lutar, quiçá sorrir, viver os dias que restam,
Ou se embrenhar num pesadelo profundo!

Chegou a hora cigana... Está na renúncia
Jogado o futuro, que pode ser negro ou belo.
Ser promissor... Colorido ou arrasador...
Porém... Jamais será outro sentir singelo!

Desce o véu da noite sobre a humanidade,
Pondo à mostra a sina de seguir sangrando.
Respostas são silêncios na alma gritando!
Chegou a hora cigana! É preciso ir andando!

Estava escrito nas cartas o mortal final!...
Desenhada estava em teus olhos... A agonia
De quem espera olhando o horizonte sem fim,
Vendo fenecer a alegria... Na gelada ventania!

Chegou a tua hora cigana... Chega de utopia!

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