Aos ouvidos de um poema,
conto idéias do tempo...
escrevo mas não encontro
sentido para meus versos.
As horas passam sem nome,
sem suspiros, sem aplausos
e minhas letras rabiscadas,
são apenas retrocessos.
Tampouco acho a seqüência
racional para os números...
da raiz dos meus cabelos,
suam mil impaciências:
o três agora é incógnita,
o sete divide o zero
e a caneta quer pôr ordem
nas idéias sem essência.
Louca trigonometria
com seus cálculos confusos,
que brotam de teoremas
quando a vida é declarada.
E as linhas dos intervalos
logo, logo se escapam
em silêncio e em disparada
restando um vazio, um nada.
Sem comentários:
Enviar um comentário