domingo, 12 de abril de 2009

AO QUADRADO

Aos ouvidos de um poema,
conto idéias do tempo...
escrevo mas não encontro
sentido para meus versos.
As horas passam sem nome,
sem suspiros, sem aplausos
e minhas letras rabiscadas,
são apenas retrocessos.


Tampouco acho a seqüência
racional para os números...
da raiz dos meus cabelos,
suam mil impaciências:
o três agora é incógnita,
o sete divide o zero
e a caneta quer pôr ordem
nas idéias sem essência.



Louca trigonometria

com seus cálculos confusos,
que brotam de teoremas
quando a vida é declarada.

E as linhas dos intervalos

logo, logo se escapam

em silêncio e em disparada

restando um vazio, um nada.

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