Tenho-te na mão. Sem piedade!
Diz a dor sarcástica, horrenda
Ao coração repleto de maldade,
Contrito, exangue numa fenda.
Agarro-me a ti, aparto-te da paz!
Tenho do sangrar ânsia voraz,
Pois em tê-lo, coração, contrito,
Hás de lavar-te com meus gritos!
Sofre! Sou tua amiga verdadeira,
Dor suprema conselheira
Que fará de ti a mansidão,
Sangrando os erros da ilusão
Far-te-ei mais forte e humano...
Levarei de ti, triste, o engano.
Seguro-te na dor do desvalido.
Renascerás depois de ter sofrido
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