Um certo verso de andar contundente
e olhar profundo, recitou-me o seguinte!
Hoje sou o luar
em prata azulado,
meio cigano, meio poeta,
poetando o corpo dourado,
o lábio molhado, o ventre
encantado naquela canção,
que ouvimos na última quimera,
e nela nos deleitamos em paixões!
Amanhã,
serei o sol ou chuva,
alcançando tua pele,
mexendo em teus cabelos,
versejando tua charmosa matiz,
adentrando pelo pôr-do-sol,
manejando palavras,
sentido teu aroma de musa!
Pela noite
será minha diva,
a mulher da sedutora pérola
despindo meu avesso, consagrando
meu poema de amor, semeando
meu ardente desejo nas águas,
nas terras, na chama
que nasce e renasce
a cada estrela que floresce
em teu extasiado olhar!
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