quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Livre-se, livre do amor

Enquanto pensa o que fomos,
espere um tempo, dois tempos,
um, pra não mais sonhar,
o segundo pra me esquecer.


Que venham as chuvas,
as tempestades de amanhãs.
O que fizemos nos ontens?
Não importa, mate-o!


No ar já não tem perfume,
a terra engoliu o jardim.
A estrada, a palavra, a paixão
acabaram-se no meio da cama.


Até que o perfume se perca no ar,
espere um tempo, dois tempos,
que venham as chuvas,
e assim, livre, livre-se do amor.

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