É a hora de voar,
deixar a imaginação planar
sob lagos e trigais, é a hora
da palavra encantada conduzir
esta nave de lamentos,
por mundos nunca dantes
versados, é a hora da alma cantar
ao coração que induz e conduz
na ponta da pena a sabedoria da paixão,
as velas da fantasia abrindo caminho
para gota que desliza entre os seios,
e o beijo içando o momento!
É hora da penumbra,
deixando os corpos dançarem
sobe sombras e organza, é a hora
do blues arrastado e valsado, é a hora
da nota mágica intuir
este álbum de devaneios ecléticos,
rumando entre mansões e catedrais
livres, emocionadas, amantes, é a hora
de soltar o avesso guardado
em sois, em luas nunca dantes
narrados em poesia, é a hora
do amor falar por si, imprimindo
na pele o êxtase das línguas
em sofreguidão!
Sem comentários:
Enviar um comentário