quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

É O AMOR A ÚNICA REALIDADE

E soube-o bem, sem quaisquer dúvidas, desde o nascer, do primeiro dos dias,
em que o sol, por sua vontade,
se intrometeu, entre nós dois, com as
cores mais vivas e nítidas, até aí, por
mim realizadas (pendurado este, num
dos fios, do azul do céu), que seriamos,
um do outro, para todo o sempre, tendo ante nós, por testemunha, bela manhã.


E sem que nos víssemos, nos víamos em
cada uma das flores, desabrochando lá
fora, em todos os jardins, desta cidade,
onde até os animais, prestaram seu culto,
deixando de caçar. E, de, embelezar-se,
fizeram seu rito sagrado, a um amor, que,
bem o sabiam, acabara de nascer, tão
natural, como estes versos, que vos deixo.


Bastaram-nos poucas palavras, para que
nossos corações, corressem tresloucados,
quais cavalos loucos, na orla, de nossos
peitos. Quiçá junto a algum mar, que, de tão
tranquilo, nos escutou em silêncio, acarinhando nossos olhos serenos, e, de seguida, dando-nos
um pouco de seu sal, sinal de vida eterna.


Hoje, enquanto, um só coração e uma mesma
alma, filhos que somos da natureza, prezamos,
acima de tudo, o bem-estar, entre tudo e todos, primando sempre, pela verdade e a grata
humildade, repartindo o amor, como quem
reparte o pão, de cada dia, por nossa nobreza:
gesto singelo, que o tempo, bem plantou,
conquistada, pela dignidade, de uma confiança,
que, sobreviveu, a todo e a qualquer desdém.


Pelas mais pequenas coisas choramos; e, se
injusto é o mundo, por nossa indiferença, nunca
mas nunca o será. Pois, meus amigos, nós
somos o povo, que não esconde amor sincero,
perante ninguém… eis a honra, que nos cabe.

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