sexta-feira, 24 de outubro de 2008

DESCIDA DAS CORES

Havia um reino imenso no lado sul do céu sem vida...
E no castelo das cores, moravam todas elas...
Tristonhas e sem graça...

Só havia uma delas, criança, a fazer pirraça...
Todas as demais morriam de tédio, vendo novelas...
Coisa muito pouca, muito ôca, mesmo que divertida...

A criança era a esperança de melhores dias...
Afinal, só ela sorria, alegrava e corria...
Enquanto as demais não passavam de companhias...
Apenas bonitas, sem nenhuma alegria...

Criança arteira olhou para baixo e viu um mundo...
Não tinha este cor alguma, estava apenas imundo...
Mas uma coisa ele tinha de interessante...
Rodava qual novelo de barbante...

E brincar desfiando novelos...
Era mesmo com ela e seus amigos gatos de pêlos...
Pelos compridos e olhos verdes brilhantes...
Verdes como a primeira cor ao mundo descer...

Foi assim que a grama despontou mais que antes...
E que o céu se fez azul vindo aqui aparecer...
E que tudo ficou colorido para os homens viajantes...
Que por aqui passam antes de viver...

Desceram as cores, para que todos os mortais subissem...
Sendo alegres e, mais felizes, mesmo quando partissem...
Como ficou bela com sua cor, toda a flor...
Como ficou belo com sua cor, todo o amor!...

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