domingo, 31 de outubro de 2010

o paradoxo do nosso tempo

nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos tv demais e rezamos raramente.

multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

fomos e voltamos à lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

Sem comentários: