sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Louco, louco

Quiseram-me louco, sou louco,
carrego comigo o vento da saudade,
a lua que roubei noite passada,
foi por amor, o que tenho por ti.


Dias iguais me perseguem,
desenho noites e sol depois das horas,
apaixono-me a cada lembrança dela,
parece que virou estrela no meu céu.


Carrego ainda algumas cruzes pesadas do passado,
quantas vezes amanheci no teu corpo,
poderia ser sonho ou só sono depois do amor,
minha realidade está muito perto da loucura.


Parei aqui neste pedaço de horizonte,
amo cada coisa, cada frio, cada quente,
vez ou outra me ama, mas prefiro amar-te,
corro o mundo até que chegue perto, boca a boca.


Esqueci velhos costumes, agora são os mesmos,
nada muito triste, nada muito feio,
tenho fome de futuro, de amor de amante,
não confesso minha paixão, não sem teu ouvido.


Forjo minha loucura para ti amor,
arrasto minha saliva desenhando teu retrato,
em teu corpo nunca é noite, nunca é dia,
és o giro que a paixão dá em minha vida.


Vejam bem os olhos de um louco, são grandes,
enxergam atrás d'outros, por cima d'alma.
Leia minha pele quente e saberás que te amo,
depois, deixa minha fome cuidar deste prazer.

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