domingo, 17 de outubro de 2010

De esquecimentos...

E me esqueceste tão rapidamente que nada sobrou. Nem a mais leve pista, de quanto nos amamos, eu consigo encontrar.
Cartas de amor não respondidas, escondidas pelas gavetas testemunham o fim desta paixão finita, mas iniciada para não ter fim.
No porta-retrato, as fotografias cristalizam promessas não cumpridas.
Uns versos capengas se espalham no dia e procuram um endereço sem conseguir encontrar.
Mudaste deste canto, procuraste outros recantos...
Mesmo que o choro me encontre, esconderei a lágrima teimosa que insiste em rolar.
Não mereces que eu fique assim, em tristezas embrulhada.
Não te escreverei mais poemas de amor, juro.
Calei em mim qualquer ilusão de te encontrar.

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