sexta-feira, 15 de outubro de 2010

COMO

Como ter-te sem te saber aqui,
Como saber-te sem te respirar,
Como te olhar vendo-me a mim,
Como sozinho e ver-te chegar;

Como aqui se te suponho a ti,
Como alguém a quem esperar,
Como perto o que longe está assim,
Como um espelho a se quebrar;

Como cego e testemunhar
Que há silêncio nisto tudo,
Tão audível como o calar;

Como quando nesse instante
Fora aqui o imenso Mundo,
E achar-lhe o Levante.

Sem comentários: