domingo, 17 de outubro de 2010

CARTÃO DE POSTAL

Fito com meus olhos embargados
de alegria
o espanto do azul celeste.

As nuvens brancas como algodão
assemelham-se
a coisas indistintas e efémeras.

E o rio corre sereno para a sua foz
trazendo
barcos de recreio e de lazer.

Está um dia lindo de sol radiante
e as crianças
jogam ao peão e à cabra cega.

Apregoa-se o peixe na voz das varinas
chinelas nos pés
e roupa costumeira do dia-a-dia.

O mercado está lotado de pessoas
às compras
regateando o melhor preço.

E os pescadores fumando o seu cigarro
cosem as malhas
desgarradas e rotas das redes de pesca.

Turistas passeiam-se pelas montras
enquanto
apreciam o artesanato da aldeola.

Sorrisos nas faces rosadas das pessoas
dão um colorido
todo especial a este cartão de postal.

Mais uma manhã se passou afinal e eu
regresso
a casa feliz da vida pela beleza das coisas.

Basta um pouco de sol e de sonho
para realizar
mais um poema quotidiano e real.

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