Tempo de angústias traz um vento frio
E exaure do alicerce o seu vigor,
Mas o pranto, tenaz renovador,
Liberta a estéril alma de outro estio...
Foi-se o momento exato ao replantio
Neste coração sempre desertor...
Invernado ao convívio de um amor,
Uma vez mais do pólen não viu o cio.
As estações amargas vão sem flores...
Na brisa, voos sós e sem olores,
Porque nada vingou no meu jardim...
No outono deste tronco em tal desleixo,
Pelos caminhos, folhas mortas deixo:
As mudas dores... que caem de mim!
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