terça-feira, 14 de abril de 2009

Minhas Estações

Tempo de angústias traz um vento frio

E exaure do alicerce o seu vigor,

Mas o pranto, tenaz renovador,

Liberta a estéril alma de outro estio...



Foi-se o momento exato ao replantio

Neste coração sempre desertor...

Invernado ao convívio de um amor,

Uma vez mais do pólen não viu o cio.



As estações amargas vão sem flores...

Na brisa, voos sós e sem olores,

Porque nada vingou no meu jardim...



No outono deste tronco em tal desleixo,

Pelos caminhos, folhas mortas deixo:

As mudas dores... que caem de mim!

Sem comentários: