terça-feira, 14 de abril de 2009

MÃE, TU VIVES EM OUTRO PLANO!

As páginas foram voltando uma a uma,

Folhas de um livro que representou a vida;

Tão breve para quem fica e ela se esfuma

Longa para quem vê na morte uma saída.



Muito sofreste com a degeneração dos ossos

Que aos poucos iam ficando menos densos.

Mesmo com remédios e os carinhos nossos

Os teus clamores eram muito intensos.



Naquela manhã de abril triste e sombria,

Que transbordava uma grande apreensão,

Teu rosto expressava a aflição de quem partia

Livrando das dores para tua ascensão.



Tudo passou, mas os anos não se cansam,

Mostrando a falta que me fazes e a devoção,

Que neste dia mãe, as saudades mais avançam,

Deixando órfão e mais triste meu pobre coração

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