Como é bela a noite, no seu chegar
subtilmente, detrás das montanhas ou
dos rios, seduzindo o céu,
brilhando imensamente, pela força
das estrelas, pequenos pontos de luz,
que são toda uma vida,
que a nossos olhos, se deixam ver,
por entre a claridade, da cativa lua.
E tudo são sombras, imagens esquivas,
que apenas se podem ver, quando
a lua, constrói espaços abertos e ilumina,
uma ou outra coisa, cá mais em baixo,
onde a Terra, de há muito, fez sua casa.
E, junto aos muros de pedra, num ritual,
que tem tanto de antigo como de místico,
passam gatos, numa indiferença felina.
Por esta altura, os sons ganham nova
disposição, tornando-se muito mais audíveis,
a nossos ouvidos, parecendo então ter
uma vida própria, que, durante o dia, passa
despercebida.
Alheio a tudo isto, lá vai o rio, no seu curso
natural, seguindo a vontade das águas,
no seu fluxo e refluxo, de pequenas ondas.
Abraçando-te com carinho, todo eu cheio de
amor, por ti, à luz de candeeiros, olvidando,
por instantes, a lua, que alta vai, depois deste
momento mágico, que só a natureza, nos podia
oferecer, vemos alguns jardins e pedes-me,
que apanhe belas flores, assim recordando,
a sublime noite, que, juntos, vivemos, para que,
em lindas taças de cristal, as possas vir a deitar.
Dito isto, noite feita ainda… regressamos a casa!
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