sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Trilogia para a Esperança

Meu verso hoje é para esta Esperança,
Que já foi minha um dia, no passado.
Depois houve procelas, a bonança...
Mas nunca mais eu pude tê-la ao lado.

Vejo que agora fez uma aliança,
Com quem, no meu caminho tem andado,
Mesmo não sendo aqui da vizinhança,
Eu tenho essa união, muito invejado.

Nós somos bem iguais, filhas de Deus...
(Por que roubaste tantos sonhos meus,
Ficando ao lado do maior que eu tinha?)

Quem mais (Por Deus!) está a me roubar?
No meu maior anseio de encontrar,
Outra esperança que pensei ser minha...

II

Mas se tiver que ser... será enfim!
Sorte na vida é de quem merece.
Nunca a tristeza irá morar em mim,
Pelo que eu digo ser, mas só parece.

Eu nunca tinha visto algo assim...
Teu nome agora soa como prece,
Sei que estarás com ele até o fim,
Como eu mesma estaria, se pudesse.

És doce... Esperança, mais que doce!
Tens a ternura que eu não pude ter,
E também és o que não posso ser.

Se nunca quis ser louca... antes fosse!
Porque seria fácil entender,
Ciúme da Esperança não conter.


III


Sei que algum dia vou rir do que fiz,
Lembrando com saudade do passado,
Onde dormia um sonho acomodado,
E eu me deitava nele e era feliz.

Vou me lembrar de quando eu tanto quis,
Ser a Esperança que não tenho ao lado...
Na arte de amar eu sou mera aprendiz,
E mesmo assim a tenho acalentado.

O tempo é voraz! Vai engolir,
As brincadeiras que faço com letras,
Tecendo a rir tantas historietas...

Porém quem me conhece há de convir,
Rindo ou chorando, o que eu ando fazendo,
Nada mais que uma história escrevendo.

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