Anjo de pedra que vigiava a minha solidão,
entre uma densa e verdejante vegetação,
anjo onde depositei todas as minhas tristezas,
em uma noite em que as sombras dominavam,
quedou-se ao chão, e quebrou-se no piso frio.
Pedaços do meu coração caídos e destruidos,
era meu amado, meu tão querido anjo guardião.
Restou o vazio naquele vão, não há mais anjos,
nem lá, nem aqui, um a um despedaçados, sei lá,
parece que algo se apossou do meu recanto,
e, como um vendaval maligno, a tudo destruiu.
Quebraram-se os meus outros anjos, e eu,
lamento nesses espaços vazios algo que partiu,
talvez, um restinho de inocência, ou até,
o cadinho de esperança, tudo ruiu...
E na eterna espera que me persegue,
sento-me no vazio vão, e vou catando
um a um, os meus pedaçinhos,
e os caquinhos do meu partido coração.
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