sábado, 23 de fevereiro de 2008

Flor de Seda

Nesta dança me enlaço
sob teus olhos de ternura
me tomarás pelo braço
tua mão em minha cintura

Doce massagem
que aliviará os sentidos
tal qual a aragem
soprada ao pé dos ouvidos

Da tua régia ternura
impossível resistir
a tanta embocadura
no teu jeito de seduzir

Que ganha mais reforço
a cada dia que passa
um amor que torço
não seja apenas devassa

A emoção nem precisa
ouvir a voz da razão
o que mais cala fundo
habita um alçapão

aberto aos nossos desejos
de almas que se fundem
Em entregas sem pejos
onde corações se diluem

Os gozos em purpurina
febris volteios em festa
A flor de seda bailarina
aguarda a paixão manifesta

Juntos em compasso binário,
pela alcova, em evoluções
Segredo amoroso depositário
da mais intensa das emoções

Vibram os corações
as almas em contemplação
Reféns de várias estações
em sonhares grávidos de paixão

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