terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

NÃO VEM QUE NÃO TEM!

Não adianta nem tentar,
não vem que não tem!
Muito menos ficar a afirmar
que jamais te esquecerei!
Esquecido estás!
Quem mandou brincar com fogo,
arriscado a se queimar.
Quem mandou vir com jeitinhos,
se "botou" tudo a perder.
Me deixou falando sozinha,
isso não podia acontecer!
Se as paredes falassem,
iam ter o que dizer.
Que você chegou todo prosa,
lindo de mansinho.
Tocou meu coração,
me fez chegar pertinho.
Depois me deixou na mão,
sem a mínima preocupação.
Não teve o cuidado
de uma simples compreensão.
Claro, você é o tal
se acha o dono da situação.
Pensa que só você busca,
respostas para a felicidade?
Mas saibas meu amigo,
que deste sonhar,
eu sempre trouxe comigo,
a certeza de que esta vida
é feita de sutilezas
e que quando surgem os conflitos
é porque falta
pão e água na mesa
nutrição indispensável
para que se faça de cada dia
um acalentar mais saudável,
de tudo que se mereça.
Isto posto, digo e repito!!
Hei de esquecer tudo
que veio de ti mesmo aflito,
em me fazer acreditar
que em silêncio
podemos sempre nos amar!
Isto só pode ser
produto da tua imaginação.
Não existe amor sem toque,
nem abraços reais,
sem beijos de verdade,
sem o cultivar diário
da plantinha cá do vaso.
Sou margarida singela,
que precisa de rega e adubo,
poda só admito
se for de ervas daninhas,
mas o despetalar
mal me quer
bem me quer
tem que ser devagar.
Acho que nada mais tenho
a te dizer meu amigo.
Posso dizer entretanto,
que fui mui feliz contigo.
Pena que és tão orgulhoso,
que se faz de desentendido.
Nada como um dia atrás do outro,
para a verdade dos sentidos.
Que o amanhã nos encontre,
em completa paz, redimidos.

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