terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Ciúme da "louca"

O ciúme inconfesso que esconde na boca

em veneno que exala a fragância suave,

é o mesmo que instiga a doença da louca

disfarçado no olhar que esconde o ultraje.





E o aroma confesso esvaiu-se do agora

no cálice delicado que sorviu a negação,

confessando o amargor em sua desforra

gotejando o delicado fel da sua ilusão.







Salta aos olhos ali a sua fera indomada

em profana invasão da verdade oculta;

ciúme que esconde sua presa algemada

numa teia invisível encobrindo a culpa.







A palavra que encobre o desejo da fera

disfarçada num olhar de "envenena-se",

é a mesma que solta isolada na espera

da ilusão que cria um seu "obedeça-se".

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