O ciúme inconfesso que esconde na boca
em veneno que exala a fragância suave,
é o mesmo que instiga a doença da louca
disfarçado no olhar que esconde o ultraje.
E o aroma confesso esvaiu-se do agora
no cálice delicado que sorviu a negação,
confessando o amargor em sua desforra
gotejando o delicado fel da sua ilusão.
Salta aos olhos ali a sua fera indomada
em profana invasão da verdade oculta;
ciúme que esconde sua presa algemada
numa teia invisível encobrindo a culpa.
A palavra que encobre o desejo da fera
disfarçada num olhar de "envenena-se",
é a mesma que solta isolada na espera
da ilusão que cria um seu "obedeça-se".
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