segunda-feira, 28 de maio de 2007

Quando dói o coração

Quando dói o coração
Todo o corpo dói.
Por que permitimos que as pessoas
Entrem assim tão dentro da gente
A ponto de saírem
Carregando um pedaço de nós
Quando partem?
Por que nos damos tanto, nos
Entregamos tanto,
Nos deixamos tanto em mãos
Não tão cuidadosas
Dos nossos sentimentos?
Deveríamos aprender a ficar na margem,
Olhando de longe a paisagem calma
E nos satisfazer dessa visão,
Como quem se fascina
Com uma miragem.
Mas não nos satisfaz olhar.
Humanos que somos,
Precisamos absolutamente sentir,
Ao risco de nos afogar...
E mergulhamos inteiramente.
E, vida afora,
Vamos mergulhando
Em promessas de amor eterno,
Felicidade infinita e mar de rosas.
Não nos questionamos sobre Probabilidades de perdas e decepções,
Pois só de pensar já é doloroso.
Dói... dói... dói e dói!...
Mas isso não vai
Nos impedir de continuar,
Não vai nos impedir de viver!
Pedaços de nós são ainda partes de nós
E ninguém disse que precisamos
Chegar à velhiceInteiros e sem marcas.
Isso é vida!!!Não desistir, manter-se de pé,
Doendo, mas de pé.
Cabeça erguida na direção do Desconhecido
E peito cheio de esperança
Que a próxima vez será diferente.
Grandes artistas obtiveram
O melhor das suas obras
Nos grandes momentos de aflição e dor.
Faça o mesmo:Mostre o que de grande há em você
Tirando partido das suas decepções!
Construa-se!
Tenha em mente que não é você
Que não foi digno daquele amor,
Mas aquele amor
Que não foi digno de você.
E se faz parte da vida
Caminhar entre flores e espinhos,
Não se esquive do caminho.
Caminhe!!!Amanhã talvez seja diferente.
E talvez não.Mas entre as subidas e descidas,
Você vai ter sobrevivido.
E vai ter, sobretudo, vivido.

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