O rancho no pé-da-serra,
O engenho, o riacho e o pomar;
O cafezal verdejante,
Na terra vermelha a florar:
Morava ali um caboclo,
Bastante feliz por amar,
A meiga e linda Maria,
Que, um dia,
Com ele subiu ao Altar.
E ele, às tardes, sentava,
E ele, às tardes, sentava,
Bem rente a um pé de jasmim,
E ali, com a sua viola,
À ela cantava assim:" Maria!
Não existe outra Maria,
Igual a você, entre as Marias,
Neste mundo de meu Deus...
Maria!
Seu sorriso me embriaga,
E o luar até se apaga,
Ante a luz dos olhos seus.
"Mas, certo dia, MariaDoente ficou, foi com Deus:
E hoje o caboclo olhando pro céu,
Pergunta às estrelas que vê:
"Qual de Voces é Maria?
Maria, que estrela é você?
Desça do Espaço sem fim,
Para ouvir os meus versos assim:
""Maria!
Não encontro outra Maria,
Igual a você, entre as Marias,
Neste mundo de meu Deus...
Por isso, quando o sol vier raiar,
Ele é que vai se apagar,
Nas águas dos prantos meus."
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