quinta-feira, 31 de maio de 2007

Ausência das Flores


Cubro-me com as folhas
secas do imensurável tempo
Vôo nas asas lépidas do vento
Acostumo-me a viver,
com a ausência das flores


Apago enrugadas fantasias
que maculavam os verdes dias,
da colorida colcha da ilusão
Despeço-me das utopias

Fecho as cancelas do passado
Acordo o enrugado coração
Visto-o com o véu do imaginário,
liberto-me das garras da solidão

Sobrevôo as esquinas da dor
A alma dou novo alento
Deito-me nos lençóis bordados,
com as finas rendas do amor .

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