segunda-feira, 28 de maio de 2007

Quantas vezes

Quantas vezes morri
quantas renasci por tuas mãos
em quantas perdi os sentidos
em tantas me apunhalastes o coração

Quantas vezes perdi a calma
em tantas fiquei vazia, sem alma
em cada uma dessas vezes
foste tu que me socorrestes

Fostes quem me ensinou a amar
e também o amargo da dor
fostes o registro dos melhores momentos
a omissão do afago e do sentimento

Quantas vezes tentei ir embora
quantas fostes me buscar
e sem adeus resolvestes que era hora
e fostes para nunca mais voltar

E o leito que embala a tua morte
é o mesmo que em escárnio me tira a sorte
posto que fostes único e derradeiro
e a mágoa do sofrimento que me causastes
não foi suficiente para esquece-lo por inteiro

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