... Amigos que são ou foram amigos...
Amigos que dei adeus, amigos...
Que sem adeus sumiram...
Amigos... com quantos chorei...
Amigos que do meu ombro... fizeram
Refúgio... remanso...
Com outros tantos... me diverti e gargalhei.
Quantos me decepcionaram?
Quantos decepcionei?
Amigos... quantos conheceram
A minha alma?
Quantos... a alma... sem querer... roubei?
A vida foi passando tão depressa...
Sequer tive tempo de notar...
Que os abandonei...
Hoje aqui... lembro tantos rostos,
Tantas algazarras...
A lanchonete, as brincadeiras,
Os lanches desenhados
Com ketchup e mostarda...
Outros me feriram tanto...
Que mal pude acreditar,
Foi tanta a dor...
Que nem é bom lembrar...
Mas nesta noite...
A saudade veio me visitar...
E fui revendo filmes e cenas...
Era tão fácil viver... sonhar!
Muitos... fiz bolinhas de papel
E pela janela atirei...
Outros... amei tanto...
Sequer percebi que me enganei...
Foram pedaços doloridos...
Que do meu carinho arranquei...
Alguns se fizeram fantasmas...
Lembranças de profundas mágoas...
Outros se aproximaram docemente...
Trazendo de volta a esperança destroçada.
Assim foi a vida passando tão ligeira...
Cheia de enganos... tropeços...
A traição sempre na dianteira...
Mas permitiu-me descobrir raros diamantes,
Flores de beleza impar... multicores...
Florescendo magistralmente...
Nas minhas lágrimas...
Graças aos amigos verdadeiros,
Voltei a confiar na vida...
No mundo ... nas pessoas...
Voltei a ser gente...E assim de mãos dadas...
Abraços afetuosos... tanto carinho...
Vamos plantando do amor, novas sementes...
Curando todas as feridas... desse mundão
Louco... desumano e inclemente!...
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