quinta-feira, 31 de maio de 2007

INÚTEIS SÚPLICAS

O grito que jorra de tua boca
volta pra ti, no som que ecoa.
Arranha tua garganta já oca,
ruge dentro de ti, qual leoa!
Escancarada boca que expele
apelos vis, dramáticos, secos,
que me chegam mudos à pele.
Tu te jogas, joelhos nos becos,
escorrendo rubros, em feridas...
Não vês o quão inútil é teu apelo;
inexorável o apartar de nossas vidas.

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