sexta-feira, 25 de maio de 2007

O SOM VINHA DE LONGE

O som vinha de longe.
Eram instrumentos desafinados
pelo vento,
E pelas nuvens tocados,
Ouvia-se uma canção confusa,
Ecoada do mundo sideral
Era um som difuso.

Fiquei perplexo,
Nada via... apenas ouvia
Aquele som sem nexo,
Como é sem nexo
Esta poesia...

Não ousem entender
O que sente o poeta
Ao escrever assim...
São momentos de alienação,
É como se tivesse sem o coração
E agisse, apenas, o seu inconsciente,
Com lance inconseqüente,
De quem vive no mundo da ilusão...

Pode parecer loucura,
Mas, sinto plena minha lucidez,
Apenas, há uma escassez
De um raciocínio lógico,
Na minha postura.

Não dá para entender,
Onde eu pretendo chegar,
Pode ser no mundo da ilusão
Mas cheguei a uma conclusão:
Como estou a pensar nela,
Será no seu coração.

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