quinta-feira, 24 de maio de 2007

NÃO ACORDE A SENSATEZ

Quando calo
e fico com os lábios cerrados,
é o sinal de meus sentimentos represados
que se recusam a se revelarem.
Minha luta íntima se acelera,
a angústia tosca se rebela
deixando louca as cismeiras
a me olharem...
Volto correndo para dentro de mim
e com entreveros de fatos ruins
inicio um diálogo
tétrico e aterrador;
pergunto pelo sorriso
que de mim tem fugido,
pelo amor em meu
rosto refletido...
do ciúme, que cínico me acompanha,
cúmplice da incerteza expressado
na falta de fé tamanha.
E meu peito mudo
torna meus ouvidos surdos.
Minha alma grita;
-Silêncio!...
A sensatez está dormindo,
não a acorde com suas lamúrias! -
volto a viver no mesmo caos
que a circunda
continuando minha voz ausente
da torrente
que a trás muda.

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